Eu estava com frio, mas satisfeito e admirado, sentado,
encolhido sobre a pedra que o musgo escolheu para crescer, pequeno e delicado,
tal qual a lágrima sublime que brotava de suas frestas. O único som ao meu
redor era o da água, que abundante e cristalina brotava da terra e retornava ao
seu colo. Contemplando esse ciclo como se a eternidade me fora dada, lavei
minha alma, e os meus sonhos a partir daí foram puros e tranquilos. Com a
nascente inexplorada à flor da terra e assim como veio, retornando para ela, em
seus abismos rochosos de verde iluminado pelos escassos raios de sol, a paz
reinava como se só ela houvesse naquele lugar, e nada mais que lhe perturbasse
em sua melodia suave. Seu silêncio.
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